sexta-feira, 22 de maio de 2015

Pacto Nacional.

Está prevista para a próxima segunda-feira (25) a votação da Reforma Política no plenário da Câmara dos Deputados. Ao passo que se vislumbra a relevância de se fazer alterações no sistema eleitoral vigente, modificá-lo agora seria mesmo a prioridade máxima?

Creio que a resposta para a pergunta acima seja negativa. Se analisarmos as pautas - ou a falta delas -, das manifestações que vêm ocorrendo desde junho de dois mil e treze, verificaremos que o modelo de eleições não faz parte das queixas populares. Talvez somente o financiamento de campanha esteja inserido no bojo das demandas.

Desde os primeiros protestos até os atuais, vislumbra-se a existência de uma constante perda de credibilidade da classe política como um todo. Além dos casos de corrupção constantes, o gigantes vão entre a classe política e a sociedade tem feito com que o desgosto popular aumente, reduzindo a confiança do eleitorado.

Nesse mesmo sentido, os desajustes nas contas públicas, os altos impostos e os serviços públicos pouco satisfatórios são componentes que contribuem em larga escala para o aumento da insatisfação popular com a classe política como um todo.

Com isso, entende-se que o Brasil precisa formalizar um pacto suprapartidário em áreas estratégicas para que possamos vislumbrar um país mais desenvolvido. Podemos citar como áreas relevantes:

1. Educação;
2. Saúde;
3. Segurança Pública;
4. Infraestrutura.

O suprapartidarismo deve ser entendido como a produção de políticas públicas unas, com base em metas, para que sejam cumpridas ao longo prazo. Independentemente de qual partido esteja no poder, aquelas políticas inseridas no bojo do Pacto Nacional não podem ser alteradas até que as metas estabelecidas sejam cumpridas.

Sabe-se que em um sistema presidencialista de coalizão aplicar um Pacto Nacional é difícil, mas não impossível. O Brasil precisa encarar que a solução para problemas endêmicos somente serão resolvidos com políticas públicas eficientes.

É preciso compreender, ainda, que para que um país se desenvolva se faz necessário fazer políticas de longo-prazo e não políticas pontuais. O Brasil precisa criar um projeto de Estado e não de governo para as áreas citadas anteriormente, sob pena de continuarmos caminhando a passos lentos no caminho do desenvolvimento.

Razão pela qual, entende-se que já passa da hora de encararmos as verdadeiras reformas; Já passa da hora de nossa classe política compreender que existem prioridades muitos maiores pendentes em nosso país. Já passa da hora de que se crie um Pacto Nacional para a Educação, saúde, segurança; Já passa da hora de termos um projeto de Estado e não de Governo pois, somente dessa forma, chegaremos ao Brasil que realmente queremos: justo, prospero e desenvolvido.